tag:blogger.com,1999:blog-50016575759380897462024-03-04T21:17:00.123-08:00assincronismosLarissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.comBlogger42125tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-36681713333941787902017-09-19T06:07:00.001-07:002017-09-19T06:07:25.819-07:00Peito apertado é falta de espaço.<br />
História acumulada obstrui respiração.<br />
História inventada censura o acaso.<br />
<br />
Acaso controlado bloqueia passagem.<br />
<br />
Retalho pode ser atalho<br />
retalhos aleatórios podem vir a ser beleza<br />
tecidos uniformes podem vir a ser obsessão<br />
<br />
Sedução pode ser dedo enfiado por entre as costelas<br />
Auto-sedução é o punho inteiro<br />
amiudar a memória de si mesmo para torná-la sensual<br />
<br />
Pra fazer ficar quente e possível<br />
Abrir os olhos pela manhã como se sentisse cheiro de casa<br />
e então, morar em si<br />
e então, esvaziar-se<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Larissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-3115352840421676492016-04-06T20:03:00.000-07:002016-04-06T20:03:52.516-07:00Seguir sendo uma novidade pra mim mesma. Me capturo em vários ângulos e me espanto com tudo o que já fui e com o quanto venho descobrindo ser. Tem uma ternura grande por dentro que anda me fazendo carinho. Tenho me feito carinho por dentro pra aprender a andar melhor por fora. Tenho tomado chás de tranquilidade e carinho por mim mesma pra ver se o resto do mundo cabe em mim de uma forma mais bonita. Tenho tentado não socar tudo pra dentro pra não repetir o vômito de todas as coisas que costumavam sair de uma só vez. Engolido pequenas doses de aceitação, me esgueirado por dias de veludo e tardes de seda com vapor quente pra tentar adentrar a noite mergulhada em lavanda e alecrim. Eu tenho tido fé de que já está tudo bem e de que o exercício é manter-me bem independente de quem tenho ao meu lado. Mas de vez em quando me machuca a solidão. Quando eu consigo entender bem a solidão, discerni-la bem de todo o resto das carências é menos doído. Mas ainda assim, dói. Quero muito aprender a compartilhar minha vida com alguém. A não baixar os olhos e a abrir o peito. Tenho aprendido a eliminar um susto de nascença. Que é de me sentir absorvida, adentrada, invadida pelo desconhecido. Esse medo de não sei o quê que me impede de só ser o momento presente. Deixar o olhar vagar, deixar o olhar desfocar e abstrair-me de urgências.Larissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-86719884960033372362014-01-20T13:51:00.001-08:002014-01-20T14:22:03.837-08:00Vocês precisavam saber<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_i89thydMwQGQ66VUinMGEzc5PgjjSQrj368YjMW_9dDMxwuB6Iz0CZ6pnz0bdYhalmtiI5GfxdXyPm0TXT9k0RkD_Q_jzk4T3cndilIPNGnf6vYBjXp0GTDa4q3edwai7gf9d6IFrmA/s1600/1559455_10151838947395060_713097305_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_i89thydMwQGQ66VUinMGEzc5PgjjSQrj368YjMW_9dDMxwuB6Iz0CZ6pnz0bdYhalmtiI5GfxdXyPm0TXT9k0RkD_Q_jzk4T3cndilIPNGnf6vYBjXp0GTDa4q3edwai7gf9d6IFrmA/s1600/1559455_10151838947395060_713097305_o.jpg" height="216" width="320" /></a></div>
<br />
Eu nunca fui plena falando. Sinto que as palavras faladas perdem a clareza que possuem dentro de mim. Não gosto desse terceiro estágio. Sentimento, forma, som. Prefiro ir só até a forma das letras que são escritas. Me representa muito mais. Dá muito mais conta daqui de dentro. Por isso, o que aqui escrevo é isso mesmo, não tentem pronunciar. É só o calor da palavra dentro de cada um. Me leiam só com sabor, cheiro e memória.<br />
Cheguei tarde, dada a largada. Uma Mayara aturdida, imersa, como sempre; Ampla, grande e minha. Passei por ela como sempre passo, sem medo de perder. Entrei. turbilhão de voz, ressaca, malas, menina desconhecida pendurada numa parede. Entrei e parei, ali não tinha espaço pra macapá que eu trazia dentro de mim. Choro de van, choro de apego que logo ia cessar e eu nem sabia. Nem sabia do preenchimento iminente que cada um de vocês me ofertaria ao longo dos próximos dias. Um Jefferson a tanto conhecido que sempre me faz sentir pertencida. E ele nem sabe.Um Bráulio tão bom moço que nunca vi. Uma Bel canceriana, mas não tanto, o suficiente pra me envolver em confiança numa largada turbulenta. E ela nem sabe. Um Renato sempre ali, constante, presente, solícito. Solidez que me falta. Uma Nath que canta comigo as melhores canções que podem ser cantadas e que preenche cada momento meu de sobriedade. E ela sabe.Um Patrick que é irmão, é grande, é júpiter, é de graça e eu só quero ficar assim, abraçada nesse encontro. Uma Luar que troca por prazer, que fala sem precisar entender e que sorri com os olhos, sempre. Uma Nath mana da minha tribo, mais doce que o amor, um espelho, uma lágrima, uma paixão que brotou, e que eu só quero cuidar. Um Gui que é de outro planeta, planeta vizinho, alma gêmea, minha alma versão 2014, reciclagem necessária da vida. Um caio. Outro caio. Que foi agente significativo de mudanças em mim. Outro Caio para Outra Larissa. E ele nem sabe. Uma Samia. Duas Samias. Três Samias. Quantas forem necessárias. Pode mandar pra mim que eu quero sempre mais. Uma Lia de barco, de colo compartilhado, de rede, de abraço que aquece. Uma Vanessa que foi só surpresa e que me encheu de riso. Uma Juliana guardada num potinho que é só afeto, pintado de cores novas de nados sincronizados. Um Victor que abraça com a alma, que acolhe com o riso, criança minha debaixo das minhas asas. Uma Manu de olhos que vibram, corpo que vibra, voz que vibra e que acompanha. Acompanha muito. Acompanhou até o fim na varanda de uma fazenda e acompanha até agora com um vestido colorido de setim.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
E agora aqui, o choro cessou dentro e fora de mim. E deu lugar a vocês. Vocês em mim. Eu fui preenchida por vocês, tomada por vocês, renovada por vocês. Massagem, sono da tarde, buraco, cerveja, cerveja, cerveja, chuva, gal, lobinho, bethania, bob, meia-noite, chapéu, follow river, neon, ana laura, mapa astral, princesa, bambolê, casa rosa, tapioca, beijão, barcos, barcos, barcos. Tudo é vocês. Lá é vocês. Aqui continua sendo vocês. Preenchimento eterno, alimento pra sempre. E vocês nem sabiam.Larissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-88437778622910185802013-10-28T16:10:00.002-07:002013-10-28T16:10:44.023-07:00vãoé que não dá pra querer ser tudo. se tento ser tudo viro pedra, fico congelada de opção. viajo entre estar e não estar, entre perceber e não perceber e não consigo me dar conta do caminho. do vão que existe entre os dois extremos. estar demais me faz quase romper por dentro, os órgãos inflam até explodir. tem dias que sou estilhaços de órgãos. isso é segredo meu. descobri que é uma forma de perdição, de labirintite, esse muito estar. não é assim. preciso da lupa, do microscópio que me permite estar muito em cada pedaço do momento estar. mas ainda não é assim. tudo que é vão me aterroriza. fico perdida em buracos, bem no fundo de todo buraco que é vão. alguma coisa me diz que vou descobrir o mistério do universo dentro de algum vão desses. algum dia desses. vou andar, andar, até que VULP. o vão e a chave do portão do mundo inteiro.Larissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-28727259791946975002013-06-17T12:13:00.000-07:002013-06-17T12:13:32.637-07:00AssincronismoUma ternura merecida. Compartilhada . Desejada.<br />
Não se sabe quanto tem de se andar até que o corpo relaxe.<br />
Amorteça.<br />
Sabe-se apenas sobre a duração dos desejos.<br />
A faísca chega sempre.<br />
Leve. Breve.<br />
O fogo é tardio.<br />
Intenso.<br />
Não há prazo pra eternidade.<br />
Não há acordo num mundo de assincronias.<br />
Se espera. Se vive. Se surpreende.<br />
Apenas se bebe. Se arrisca.<br />
Tangencia.<br />
Difícil esbarrar. Tudo aqui é apenas tangencial.<br />
Semi-pronto, nunca pronto.<br />
Perene geração.<br />
Há que se amar as pungências.<br />
Há que se deliciar de (sub)prazeres.<br />
Até que já. Até que é. Até que sou.Larissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-78206562058029475672013-06-15T15:52:00.002-07:002013-06-15T16:00:50.851-07:00Linhas cruzadas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5xIUS0oc7hm9U33gHO5aDbpTz8Eum1fBV4olnRwKAZ8pah6mwrq6COHAvZpNTFmLGnVxcCPnaBRsbpvJD6MjDafDJ8t4qXwGa4j_rDXmGfmCSOUuqUnF2nVIhHJcnkIMQZDolvEs548k/s1600/linhas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5xIUS0oc7hm9U33gHO5aDbpTz8Eum1fBV4olnRwKAZ8pah6mwrq6COHAvZpNTFmLGnVxcCPnaBRsbpvJD6MjDafDJ8t4qXwGa4j_rDXmGfmCSOUuqUnF2nVIhHJcnkIMQZDolvEs548k/s320/linhas.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="LEFT" class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0.35cm;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: medium; line-height: 115%;">Ele
sempre se perguntava de onde vêm as opiniões que as pessoas formam
umas sobre as outras. Porque desde que se lembra, todos aqueles que
de alguma maneira esbarravam com ele na vida o tinham como um homem
de natureza firme. Todos o tinham como alguém de caráter claro,
limites precisos e atitudes concretas. Mas ele olhava pra sua
trajetória e só o que via era o inverso. Tudo o que havia
construído, analisado ou tocado na vida era repleto de
incongruências. Nada era assertivo. Tudo muito inconsistente. E no
entanto, para todos, sempre fora fonte de certezas notórias e
verdades incontestáveis. Passara 30 anos de sua vida vestido dessa
maneira, porque assim o fizeram e porque não conseguia, ele próprio,
arranjar outra forma de se vestir. Não via grande problema em ser o
que lhe diziam sobre ele próprio. Era bom ser de natureza firme.
Conhecia indivíduos de natureza fluida e não gostava nada dos rumos
que a vida destes tomava. Então viveu 30 anos sendo Ele, o homem de
natureza firme. E quando batia a dúvida, pois dela ninguém escapa,
fazia o simples exercício de conversar com alguém que o estimasse o
suficiente para lhe assegurar o título de homem de natureza firme.
Como pode ser reconfortante o julgamento das pessoas que nos amam. Foi então
que conheceu Ela. E 15 anos depois lembrou-se da opinião que formara
acerca dela na primeira vez que a viu. Estava lá, sentada na esquina
de uma rua conhecida com uma rua pouco movimentada, num vestido
amarelo bem comportado, e botas de couro que davam às suas pernas um
ar muito gracioso. A única coisa que destoava de todo o conjunto
eram as mãos. Quando falava, balançava ritmicamente as mãos, num
movimento contínuo, mas inusitado e decidido. Cada palavra vinha
acompanhada de movimentos firmes das mãos, o que contrastava, de uma
forma muito peculiar, com o resto harmônico e cadencioso da imagem
dela. Os próximos 15 anos após o episódio de seu encontro com Ela
foram os mais reveladores de sua vida. Ela, a mulher de
natureza frágil, dizia que não se lembrava de ter tido muitas
opiniões acerca da vida. Nunca fora alguém que achasse muita coisa
do que quer que fosse. E, no entanto, quando falava, o movimento
decidido das mãos estava sempre lá, marcando cada palavra proferida
por ela. Com o tempo ele entendeu que Ela não achava muita coisa nem
mesmo sobre si própria e que talvez fosse essa a razão para
tamanho contraste entre suas mãos e sua vida. Foi entendendo a
inconsistência da natureza dela, que Ele, o homem de natureza firme,
deu-se conta da própria. A cada dia que passava ao lado dela, suas
próprias linhas iam deformando-se, curvando-se, formando desenhos
desconhecidos e instigantes. Iam se cruzando com as linhas tortuosas
e encantadoras dela e criando estruturas libertadoras. Foram 15 anos
assim, até que Ela se foi. Se foi como chegou. Fluida e viva. E Ele,
ele se perdeu. Ele, o homem de natureza firme, não sabia para onde
ir. Não tinha capacidade para ser o que se tornou. Era Ela, a mulher
de natureza frágil, que de tanto não pensar nada, lhe emprestava
tal coragem. Mas, Ele, que sempre fora apenas um por não conseguir
ser diferente, não conseguia abandonar-se assim, todos os dias. Era
Ela que, sem saber, lhe transmitia a leveza de se ser o que se torna.
E então, Ele, o homem de natureza firme, fez jus a seu título uma
última vez e tomou a última decisão de sua vida. A decisão
de deixar-se ir. Como Ela, foi-se embora também. Os que o conheciam
o admiraram última vez por ter deixado o mundo de maneira firme,
como ele próprio sempre fora. O que ninguém jamais saberia é que
Ele, o homem de natureza firme, se foi com um único desejo latente
no coração: o de ter conseguido ser o que Ela, a mulher de natureza
frágil, o tornou.</span></div>
Larissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-57608908710217394502013-06-12T17:41:00.000-07:002013-06-12T18:00:49.667-07:00Nada especial<div align="LEFT" class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0.35cm;">
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sabe
um grito muito alto? Do tipo que estremece estruturas e trinca taças.
Assim era o grito. A alma dela; a alma dela queria liberdade, ela não
aceitava equívocos ou eufemismos. E quanto mais a menina tentava
amenizar, sufocar a situação, com mais empenho trabalhavam seus
pulmões:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<i style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Não me importa alcançar, chegar lá, transgredir,
ultrapassar. Eu quero mesmo é sentir. Nada mais que o vulgar e
pulsante sentimento. De nada me serve alcançar, chegar lá,
transgredir, ultrapassar. Eu quero mais é doer, esgarçar, regredir,
maltratar.” </span></i></div>
</div>
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;">Ensurdecer a própria alma, amortecer seus próprios
sentidos. Era essa a batalha da menina que de vez em quando só
queria mesmo era rir abobalhadamente de sutilezas . Mas ela precisava
ouvir. Fechar os olhos, encarar o silêncio e escutar com atenção.
Sem ter medo das consequências por ter sido condescendente consigo
mesma. Era um jogo de fé, de se despedir da lógica e se atirar na
penumbra. Ou era assim, ou se tornava de súbito vazia de si. E essa
era a pior sensação. O desespero por querer e não poder
compreender. Aí ela preferia mesmo era acreditar no nada.
Ressignificar o nada. Encontrar sentido, criar sentido, desencavar
sentido de onde não podia jorrar mais nada além do próprio nada. </span></div>
</div>
<div style="text-align: left;">
<i style="line-height: 115%; text-align: center;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></i><br />
<i style="line-height: 115%; text-align: center;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> “De nada me serve alcançar, chegar lá, transgredir, ultrapassar.
Eu quero mais é doer, esgarçar, regredir, maltratar.”</span></i></div>
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;">E preferia
fazer assim, repetidamente, dia após dia. Encontrando prazer na
criação do seu próprio nada. </span></div>
</div>
</div>
</div>
Larissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-28152651054405317222013-05-18T10:43:00.002-07:002013-05-18T10:46:37.553-07:00Sobre Lia e Epifania<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/yc0T-pPwrTk?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></span></div>
<br />
<div class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0.35cm; text-align: center;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></span></div>
<div class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0.35cm; text-align: center;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></span></div>
<div class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0.35cm; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><span style="font-family: Calibri;">Eu
tenho uma amiga; que apesar de ser capricorniana é uma grande amiga.
Ela é especial por inúmeros motivos que normalmente não consigo
elencar. Mas ontem, assistindo a um filme indicado por ela, ao lado
dela, me dei conta de um deles. Ela é responsável pela maior parte
de minhas epifanias. A gente (eu e minha amiga) compartilha muita
coisa, de semelhanças quase perfeitas a diferenças quase
catastróficas. Entre as semelhanças quase perfeitas está nossa
capacidade de atribuir sentido para tudo o que nos cerca, desde a
mais ordinária das coisas até as grandes questões da humanidade.
Isso não têm função prática nenhuma , você poderia pensar, mas
o que importa mesmo é que foi essa a maneira que encontramos para
sermos menos chatas e tristes. E isso já é de grande praticidade
hoje em dia. Assim sendo, inútil sendo (ou não), agradeço a minha
amiga pela epifania a seguir e por todas as outras que, graças a
ela, ainda virão. </span></span>
</span></div>
<div class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0.35cm; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><span style="font-family: Calibri;">Existem
texturas. Existem pessoas que têm texturas muito peculiares, que
deixam marca e sabor em mim. Existem trejeitos especiais, trejeitos
que de tão hipnotizantes, ficam gavados em meu corpo como se a mim
pertencessem. Existem sutilezas, sutilezas de mãos, bocas e cabeças,
que definem um ser. Meu Deus, como desejava ser detentora de certas
sutilezas. Por uma noite consigo viver apenas à beira de mim,
vislumbrar em mim detalhes que não são meus, mas que por me serem
tão atraentes finjo que são. E acredito. E me aproprio. Que
textura terei eu nas mentes que me registram? Que me vêem passar,
que me vêem falar? Queria me deixar escorrer em cima dos outros.
Queria, só por uns instantes, me derramar nos que me olham, e
escorrer. Deixando cheiro, sabor e textura. Mas me contenho. Represo
o suco que há em mim e bebo o líquido que escorre dos outros. Me
embriago dos outros. Até trocar de textura com eles. </span></span>
</span></div>
<div class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0.35cm; text-align: center;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: large;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">´</span></span></span></span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Larissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-28588698932930011772013-05-17T12:33:00.002-07:002013-05-17T13:22:15.895-07:00<span style="font-size: large;"><br />
</span><br />
<div class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0.35cm; text-align: left;">
<div style="text-align: center;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: large;">Tudo começou com uma necessidade gigantesca de silêncio. Mesmo sem entender o porquê, o silêncio me pareceu a melhor saída pra que eu pudesse processar a gama de sensações e impressões que chegavam até mim. Preciso dizer que as impressões sempre nortearam minha vida; sempre foram, equivocadas ou não, determinantes em minhas escolhas. Mas foi aqui, a partir deste episódio, que elas ganharam um significado completamente diferente, que só se fará entender depois que eu explicar minuciosamente o que me ocorreu pra que eu decidisse me calar por 80 minutos.</span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: large;"> Primeiro
de 5 dias de um festival de dança pelo qual esperei ansiosamente por
um mês. Antes de tudo, há que se explicar as circunstâncias nas
quais me encontro pois, como sempre acontece quando se trata de
mim, as circunstâncias são espelho no qual apareço refletida. Eu
amo dança. Na verdade, o que eu amo mesmo é o movimento e tudo o
que tem a ver com ele. É a única coisa que consegue me absorver
por completo por um longo período de tempo. Não me contentando com
a observação, eu também escolhi o movimento para ser o meu objeto
de trabalho. Se alguém me questiona como é meu trabalho eu respondo
simplesmente 'eu me movimento'. Pode parecer pouco, mas pra mim é
suficiente. Foi essa a maneira mais simples que encontrei para me
expressar com exatidão, pois sua essência é exatamente o oposto do
exato. É através do movimento que sinto e posso expressar toda a
impermanência que sou eu e que é minha percepção de mundo. Por
isso a necessidade de explicar as circunstâncias atuais. Porque me
machuquei fisicamente e estou impossibilitada de me movimentar
livremente desde o início do ano. E porque a ciência disso tem tido
enorme influência em tudo o que sinto ultimamente. </span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: large;">Então agora, com
tudo explicado, volto ao princípio da história: estava ali, no
primeiro de 5 dias de um festival de dança pelo qual esperei
ansiosamente por um mês, sabendo que minha única condição ali e
fora dali era a de observadora. Racionalmente isso já havia sido
aceito por mim, mas na prática não é tão simples assim. Foi no
início, logo nos primeiros minutos de espetáculo, com as primeiras
notas musicais e com os primeiros desenhos formados pelos corpos
esculturais, que uma emoção sem igual, mas já conhecida por mim,
fez com que cada pelo do meu corpo se eriçasse. Então, me vi ali,
sentada entre estranhos, profundamente comovida por dentro e
agradecendo intimamente por estar coberta da cabeça aos pés, o que
evitou que a comoção externalizada por meus pelos fosse percebida
por quem quer que fosse. De repente, não sentia vontade de mostrar
nada, de repente aquele momento tornou-se algo só meu. O silêncio
me pareceu a forma mais adequada de honestidade. E naquele instante
minha alma clamava por honestidade, toda a fome que existia em
mim era de honestidade. E assim o fiz. Me calei, de voz e de cara. </span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: large;">Os próximos 80 minutos não teriam sido o que foram se tivesse
optado por outro caminho. Me sentia só, profundamente só, mas tão
acompanhada por mim mesma que a solidão era paz, era abastecimento e
plenitude. Foram 80 minutos de plenitude. Que só cessaram com o som
dos aplausos ao final. Como me incomodaram os aplausos. Não pelo
fato de eu ser avessa a manifestações efusivas de aprovação,
apesar de esse ser um motivo constante de irritação pra mim. Não,
dessa vez a coisa era diferente e ia além de uma simples birra por
parte de minha pessoa retraída. Esses aplausos eram apenas barulho.
Barulhentos, vazios, automáticos, maquinais. Furtando sem a menor
cerimônia toda a profundidade da qual prescindia o momento. Senti-me
de novo sozinha. Mas dessa vez, oca. Adicionado a isso, senti vergonha; vergonha de mim mesma ao dar-me
conta de quantas vezes fiz parte dos que aplaudem, mesmo sem gostar
de aplaudir. Dos que gritam por preguiça de sentir. Vergonha por
todos os momentos em que vivi fora de mim. E como vivi pra fora, meu
Deus. Houveram tempos em que só o pra fora me servia de referência.
E é quando a gente vive assim, pra fora, que nossa alma grita lá de
dentro, soltando ruídos de emoção, comoção pura, e a gente
abafa. Abafa aplaudindo. É uma necessidade de expressão constante.
Expressão pra fora. Redundância mesmo. Porque não é porque é
'ex' que tem, necessariamente, que ser pra fora. Pode-se expressar
pra dentro sem que seja obrigatório diminuir a expressão a uma
simples impressão. Foi ali naquele momento de sons vazios que me
dei conta de que o mundo tá cheio de impressão e carente de
expressão. Expressão pra dentro. A expressão tá perdida por aí,
no meio de tudo que é rápido, raso e cambiável. Perdida nos
abismos que criamos entre nós e nós mesmos. E aí a gente despenca
pro lado mais fácil. A histeria coletiva. Sem eco, só lampejo. </span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: large;">Por
isso meu silêncio. </span></span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: large;">Os meus 80 minutos de silêncio. 80 minutos pra
que eu pudesse me agarrar a mim. 80 minutos pra que eu me lembrasse da luz que é ter-se por perto.</span></span></span></div>
</div>
Larissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-64982742383593712542013-04-29T17:56:00.002-07:002013-04-29T18:04:37.626-07:00Sobre o não saber<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvCHTKMj1yU4-AwBu6cm8M2magzJMoaADlRY-VZefx5X3gqHOpxZh7f19XeTnxZ45Cof4BAzQAaw2_3ilLmQOgPX1ZhWqRlo7i5qibLD5-S65F9a5BePm0DtnBoloGvmEMdWYo0v6q2ig/s1600/DSC_0646.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvCHTKMj1yU4-AwBu6cm8M2magzJMoaADlRY-VZefx5X3gqHOpxZh7f19XeTnxZ45Cof4BAzQAaw2_3ilLmQOgPX1ZhWqRlo7i5qibLD5-S65F9a5BePm0DtnBoloGvmEMdWYo0v6q2ig/s320/DSC_0646.JPG" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
E se eu não acordasse</div>
<div style="text-align: center;">
Se eu não me levantasse </div>
<div style="text-align: center;">
Não me alimentasse </div>
<div style="text-align: center;">
Que diferença que faria? </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
E se cheiro eu não tivesse </div>
<div style="text-align: center;">
E o passado inexistisse </div>
<div style="text-align: center;">
De família não viesse </div>
<div style="text-align: center;">
Ainda assim eu viveria? </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Se uma língua eu não falasse </div>
<div style="text-align: center;">
Ou pessoas conhecesse </div>
<div style="text-align: center;">
Um lugar não ocupasse </div>
<div style="text-align: center;">
Eu ainda existiria? </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
E se nada eu dissesse </div>
<div style="text-align: center;">
Sem palavra, som ou prece </div>
<div style="text-align: center;">
Se importância eu não desse </div>
<div style="text-align: center;">
Que utilidade eu teria? </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Se a hora não passasse </div>
<div style="text-align: center;">
E a vida congelasse </div>
<div style="text-align: center;">
O medo não existisse </div>
<div style="text-align: center;">
Alguma coisa mudaria? </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
E se meu corpo evaporasse </div>
<div style="text-align: center;">
Se minha voz não mais saísse </div>
<div style="text-align: center;">
E aqui eu não pertencesse </div>
<div style="text-align: center;">
De que lugar eu surgiria? </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Se você não me enxergasse </div>
<div style="text-align: center;">
E de mim nada soubesse </div>
<div style="text-align: center;">
Sobre mim nada existisse </div>
<div style="text-align: center;">
O que de mim me restaria?
</div>
Larissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-67669435215739328542013-04-29T13:54:00.000-07:002013-04-29T13:54:18.650-07:00Por gostar de ser feliz, da tristeza me despeço. Por ser eu quem cria minha própria vida e por não acreditar em determinismos. Tendo saúde, tenho tudo que preciso. Ah, a saúde, esse bem raro que andou me escapando e cambaleando nos últimos tempos. Sinto a volta gradual da luz dentro de meu corpo físico, e tenho meu corpo espiritual agora abastecido pelo tempo e pela sobriedade que só a vida real pode nos oferecer de vez em quando. Sim, a saúde me retornará. E a paz vingará de novo. Gosto demais de paz pra me vestir de azul tristeza e desfilar por aí a tendência da depressão. Meu espírito é forte, minha mente é acumuladora de riquezas, e o podre aqui não entra. Pra frente sempre. O que eu quero ainda não sei, mas não importa. Tenho vida e vontade de viver, isso é mais valia. Isso se encarrega de toda a incerteza. Por mais profunda que minha alma possa ser, sou fã da simplicidade e da verdade. E nada mais simples e verdadeiro do que viver.Larissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-38458219260796259572013-03-05T06:16:00.000-08:002013-03-05T16:41:51.865-08:00Ontem conversei com Deus. Fazia muito tempo que não me dava ao luxo. Andava me achando indigna de qualquer pão. Até que ontem a sensação abrandou-se e eu simplesmente fechei os olhos e dirigi minhas palavras a ele. Depois de tanto tempo, tive a coragem de me arriscar a tomar vários minutos da sua atenção. Fiz uma retrospectiva mesmo. E o mais incrível foi que me senti ouvida desde a primeira palavra até o último suspiro. Depois que acabei, chorei e fiquei me perguntando sobre o propósito daquilo. Como imaginava, tal indagação só me trouxe um vazio. Então, automaticamente, decidi que sim, alguém havia escutado tudo o que eu contei e levado em consideração cada palavra proferida. Só pra não dormir de barriga vazia.
Larissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-11447606747014366832013-02-25T16:06:00.002-08:002013-02-25T16:07:45.352-08:00Falta um quêFalta um quê não sei de quê. E essa falta me faz mergulhar numa penumbra constante. Raios de luz volta e meia invadem meu ser, e se vão. Minha cabeça mergulha em agonia, meu corpo permanece inquieto por dias seguidos. E eu só me pergunto até quando. Porque sei que a chave dessa prisão é apenas um detalhe. Uma respiração. Uma inspiração. Digo a mim mesma que não deveria ser assim. Que a essa altura de minha jornada já não deveria me deixar ser acometida por esses medos inexplicáveis e essas alucinações angustiantes. A essa altura já sei de cor que tudo se esvai sempre. As energias não são duráveis. Elas fluem. Mas seu tempo de vida pode ser um período de imensa agonia pra quem as vive de forma tão intensa. Falta um quê não sei de quê. Enquanto isso, apenas insisto.Larissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-1337840820048267862013-02-19T17:49:00.004-08:002013-02-19T17:51:49.399-08:00A ponteEis que me dou conta da existência de dois mundos. Um meu e um dos outros. O mundo que chamo de meu constitui-se de substância doce, saudosa, tradicional. Nele há espaço pra conversas íntimas, abraços quentes, lágrimas gratuitas e calafrios que gelam a espinha. Há até espaço pra cartas, fotos impressas e telefonemas. O mundo que chamo de mundo dos outros é substancialmente feito de presente. Nele sou adaptável, solúvel, homogênea, permeável. Não há espaço para singular, tudo é plural. Aqui quanto mais resumido, melhor. No meu mundo, agarro-me a mim mesma com unhas e dentes, sou pouco flexível, mas muito nobre. No mundo dos outros, aferro-me à corrente, deslizo no passo que é o passo da multidão. Sou pouco original, mas muito amigável. No mundo que chamo de meu, o tempo é o tempo da alma, da aceitação, do esperar que a porta certa se abra, da revelação genuína de meus desejos e quereres mais íntimos. No mundo que chamo de mundo dos outros, o tempo é o tempo da urgência, do fervilhar de acontecimentos, da pouca ponderação porque tem coisa que é pra já. No meu mundo, sou nítida, possuo limites claros e impossíveis de corromper. No entanto, apresento-me impenetrável. No mundo dos outros, sou tingida de todas as cores, constituída das mais diversas texturas e misturo-me com facilidade. No entanto, apresento-me nebulosa. Perder-me é inevitável. O desafio é achar a ponte constantemente e escolher pra qual lado seguir.Larissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-41855161991449738302013-02-17T20:06:00.004-08:002013-02-17T20:09:14.942-08:00Sem título!Voltei. Mas não quero fazer grande alarde em relação a isso. Apenas dizer a mim mesma que voltei, que isso aqui está reaberto, que tenho a simples possibilidade de daqui a uma semana, um mês ou seja lá quanto tempo eu deliberadamente escolher, voltar aqui e escrever. Volto assim sem aviso, objetivo ou causa porque não sou mais dessas que torna cada escolha da própria vida um melodramático acontecimento épico, se é que consideram isso um gênero. Eu considero, isso é que importa. O que me lembra que também não sou mais dessas que se importa com o que já existiu, já foi denominado ou considerado correto, dentro da norma culta, sensato. Na verdade, já não sou mais muitas dessas que fui. Mas como nem tudo na gente é mutável pra sempre, ainda sou dessas que escreve pra ninguém porque acha que quando escreve se ouve melhor e enxerga melhor. Por isso voltei. Só por isso. Sem alardes!
Larissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-89021123338235787962011-05-22T06:53:00.000-07:002011-05-22T07:03:09.465-07:00Insista, Dona Flor, insista...Essa flor que desabrocha é tão maravilhosa. Tão grandiosa que seu existir chega a doer. Ela força a existência. Ela espalha a rama sem olhar ao redor. Ela invade o espaço todo sem pudor algum. Ela sabe que não deve ter vergonha de existir. Porque é bela demais. Bela demais pra ter vergonha. Insiste. Porque sabe que o sonho desabrochará. E que seu encanto será compartilhado, um dia. O seu encanto, tão seu, que parece só existir para seus próprios sentidos. Mas ela sabe que ele existe. Se entorta, murcha, renasce. Tenta brilhar mesmo no opaco. Tenta ouvir sua própria melodia no vácuo. Insiste. Porque sabe merecer alguma doçura compartilhada. Compartilhar é seu maior desejo. Porque até então só sentiu só; sentiu pelo avesso; ou não sentiu.Larissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-33275004301551336322011-05-08T20:29:00.000-07:002011-05-08T20:39:49.457-07:00Escolhas. Sempre tive problemas com elas; sigo tendo. Cada vez se faz mais e mais necessário escolher. Pra organizar minha vida, meus sentimentos, minhas ações. Não gosto do caos. Mas eu sou o caos. Sou desconexa, pouco sólida, fluida demais. E quando se é o que não se quer ser só há uma saída: fazer escolhas. Escolher ser de outro jeito. Agir primeiro, se o 'ser' for muito difícil à princípio. Depois o 'fazer' vai se camuflando e virando 'ser'. O que não se aprende quando se quer ficar bem?<br />Quero começar aos poucos. Escolher esse pensamento e não aquele. Escolher sair de casa. Escolher ficar em casa. Escolher ir de bicicleta. Pensar e escolher. E depois, viver. Não se apegar ao passado. Viver o escolhido. Escolher ser feliz. Não escolher nunca a tristeza, a auto-comiseração, a auto-piedade. Todos esses 'autos' que só me levam a uma solidão inútil. Escolher ser feliz.Larissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-7413629775128912512010-08-31T14:22:00.000-07:002010-08-31T14:28:24.041-07:00Eu preciso de uma Verdade na minha vida. Tenho passado por tantas experiências novas que sinto como se TUDO o que tenho, o que vivo e possuo fosse efêmero. Sinto tudo escorrendo entre minhas mãos, nada fica, nada me pertence. Sinto falta de ter no que me apoiar, de ter como dizer: 'eu tenho um segundo plano, um escape'. Eu não tenho esse escape. Eu só tenho a mim, e às vezes eu não me basto, às vezes eu realmente nem sei quem eu sou de verdade.Larissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-41441307498542105072010-08-23T14:42:00.001-07:002010-08-23T14:56:52.855-07:00Hoje percebi duas coisas: uma, que eu passo por longos períodos de silêncio externo, em que eu prefiro não verbalizar aqui ou em outros lugares o falatório que ocorre internamente. Eu vou percebendo coisas, aprendendo, tirando conclusões, (ou não, me descabelando e não tirando conclusões por um bom tempo) e só quando consigo sossegar um pouco a mente em relação a tais coisas resolvo passá-las pro papel, ou pro computador. Duas, que em meio a esse momento de silêncio, há um único sentimento, uma única palavra que me rodeia, independente de qualquer questão: Fé. Percebi isso de uma maneira muito forte hoje, o quanto eu acredito nas coisas, na minha vida, enfim, em tudo o que eu me proponho a buscar. E, hoje, coincidentemente e paralelamente a esta minha percepção, li uma coisa muito legal, sobre o poder da crença em nossas vidas, e vou publicar um pedacinho aqui:<br />"Você é um resultado direto de todos os seus sistemas de crença. Eles formam o filtro de lógica ou de predisposição, que cria o seu mundo(...)Uma pessoa com uma crença é igual a uma força de noventa e nove que têm apenas interesse(...)As crenças autolimitativas, quer sejam baseadas em fatos ou em ficção, tornam-se verdadeiras para você na medida em que acredita honestamente nelas. <span style="font-weight:bold;">Você então acaba se desempenhando a um nível consistente com suas crenças e não com o seu potencial</span>".Larissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-66818234200853781762010-07-30T14:31:00.000-07:002010-07-30T14:39:56.232-07:00Muchacha"Hay tantas cosas, Julio. Tantas cosas entre nosostros. Tantos secretos, tantas ilusiones. Pero ahora, solo quiero tu beso. Deseo olvidar todo y entregarme a ti, mi amor."<br />Hoy yo deseo hablar español, no sé escribir bien, pero no me importa. Yo quiero hablar de otra manera que no sea la manera que hablo todos los dias de mi vida. Quiero oir mis palavras de manera diferente. Necesito de este cambio o voy a quedarme loca. Con toda esta ansiedad que toma conta de mi alma hoy. Ahorita, voy a gritar en español: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!<br />Uy, descargar emociones en español es muytisisisisimo más interessante.<br />UUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH<br />Otra vez, para garantir...<br />Ahorita, me voy, quiero pasar uns minutos piensando en español, tambien.<br />Adios, <br />adios Julio.Larissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-27777146876490757852010-06-28T19:17:00.000-07:002010-06-28T19:20:41.354-07:00VAAAAAAAAAAAIPula. Corta. Balança. Rasga. Empurra. Engole. Grita. Esgoela. Arremessa. Soca. Soca. Foca. Que maravilha esse espírito cafuçu que invadiu minha alma agora. Ele pulsa, pulsa forte e me impulsiona pra imensidão à frente. Com força, com muita força!<br />PUF PUF PUFLarissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-77969168461142619242010-06-26T19:52:00.000-07:002010-06-26T20:10:54.844-07:00Tanto faz...Que lucidez. Meu Deus, que absurda lucidez. Surgiu de onde? Nasceu em que momento? Esteve sempre aqui? Não, não é possível. Seria uma puta falta de vergonha ela ter existido o tempo inteiro e não ter dado as caras. Não, ela não existia. Existia uma covardia, uma maluquice medrosa que fingia ser lucidez. Fingiu durante tanto tempo. E, de repente, quando deixou de fingir, tornou-se extremamente lúcida. Absolutamente lúcida. <br />Que loucura. Meu Deus, que absurda loucura. Surgiu de onde? Nasceu em que momento? Esteve sempre aqui? Não, não é possível. Seria uma puta falta de vergonha ela ter existido o tempo inteiro e não ter dado as caras. Não, ela não existia. Existia uma covardia, uma lucidez medrosa que fingia ser maluquice. Fingiu durante tanto tempo. E, de repente, quando deixou de fingir, tornou-se extremamente maluca. Absolutamente maluca.<br /><br />Absoluta... <br />absoluta...<br />absoluta...<br />tá bom, então.Larissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-70804825049198495332010-05-17T19:43:00.000-07:002010-05-17T19:58:32.914-07:00<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/bslSxYwgwlE&hl=pt_BR&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/bslSxYwgwlE&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br />Eu rejuvenesci. Renovei o ar nos pulmões, troquei de células. Minha alma merecia isso; minhas mãos, meus pés e quadris também. Mereciam abandonar alguns anos que eu havia adicionado a sua real idade. Seus movimentos agora são até mais livres e leves. A plástica realmente trouxe ótimos resultados; e o pós-operatório tem sido o mais prazeroso e tranquilo de todos os tempos. Dentre todo o meu histórico de cirurgias pró-mudanças, esse pós-operatório tem sido, sem dúvida, o melhor.Larissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-59385602188026821752010-04-25T00:40:00.000-07:002010-04-25T00:52:09.181-07:00Smile<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/iu-rLA4POkI&hl=pt_BR&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/iu-rLA4POkI&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br />Light up your face with gladness<br />Hide every trace of sadness<br />Although a tear may be ever so near<br />That's the time you must keep on trying<br />Smile, what's the use of crying?<br />You'll find that life is still worthwhile<br />If you'll just...<br />SmileLarissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5001657575938089746.post-32927310242409842982010-04-20T20:43:00.000-07:002010-04-20T21:11:14.849-07:00São tantos ciclos, tantos, que a cabeça fica até tonta de tanto girar através deles. Fases e mais fases. Quando corpo e alma começam a se habituar com o que lhes é imposto, TCHANRAM!, próxima fase. Não dá nem tempo de gravar as melhores partes da última fase na memória. A alma parece gritar por fixação. 'Por favor, deixe algo gravado em mim. Eu preciso ter lembranças aonde me apoiar, e lembranças positivas, nenhuma mágoa incluída no pacote.' É tão confuso. Desejar tanto estabilidade e por outro lado não conseguir se manter bem e satisfeito durante muito tempo. Não dá pra saber se é pura insatisfação própria ou se os outros realmente nunca alcançarão o que sentimos, o que prezamos, o que necessitamos. Parece-se estar profundamente distante do que os outros desejam, assim como os outros parecem ser completamente alheios aos nossos desejos. Entender o que falam é difícil e eles parecem também não captar o que é transmitido. Que erro de comunicação estranho. Erro esse que dificulta tanto as coisas. E que talvez seja o principal motivo dessa instabilidade louca e desregrada de ações, palavras, sentimentos, objetivos. De ambas as partes. Defeito proveniente de fábrica e agravado porque o produto foi distribuído em massa, sem que houvesse a preocupação com as consequências de tal ato. Se ainda estivermos na garantia, agradeceríamos profundamente se um aviso fosse espalhado. E se a reparação dos danos já ocorridos também ainda fosse possível, até tentaríamos entrar em acordo pra pagar a quantia pedida pela realização do conserto. É caso de vida ou morte.Larissa Emi.http://www.blogger.com/profile/01166871736867297717noreply@blogger.com1