domingo, 28 de fevereiro de 2010

Cena 1

Eu quero sentir de verdade. Me doar de corpo, alma, sangue e coração. Quero que minha respiração não seja regular, quero pulos de excitação, arritmia, e hormônios. Sem mais limites, pontes quebradas, desejo fluxo contínuo de emoções e sensações. Apenas aqui, este momento; lá, aquela realidade, aquele segundo; naquele batimento, naquela pulsação, naquela inspiração. Juntos, união, unidade, harmonia, palco, luz, atenção, movimento, quebras, rompantes, rompantes, rompantes ! Vamos à cena :

"Um corpo se move, um ruído de pés arrastando-se até mim. Um toque perturba meus nervos e os leva a outra dimensão. Não existe início, ou fim. Leveza, suavidade, divindade. De repente, um baque, algo vai ao ao chão (ou alguém ?), minha cabeça gira e a porta se abre. Mãos com flores, pétalas caindo aos pés da mesa. Duas direções pra seguir, dois caminhos inversos; tão paradoxais, tão atraentes. Não quero fugir de nenhum, quero absorver os dois por inteiro e com todo o vigor de minha alma. Braços dados, ouço o barulho dos passos e da batida de porta. Foram-se. Tão improváveis, tão inseparáveis."

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Fluidez, fluidez...

Simplesmente ADORO essa fluidez de emoções. Me sinto tão plena agora, neste momento. Parece que o quebra-cabeça se encaixou de forma tão inesperada que até eu mesma me surpreendi com o desenho que ele formou. Sem especulações, indagações, largando o papel de detetive da minha própria vida e das minhas relações. Pensando apenas no que é bom, no que é positivo e no que vai me levar a um caminho do Bem. Não sei se é permanente, mas que esse sentimento tem se firmado com muita autoridade em meus dias, isso tem!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Paraíso Perdido

Foi num Paraíso Perdido que eu encontrei o real sentido de minha vida. Foi neste lugar, em que a esperança já era quase imperceptível, em que as almas vagavam sem direção, já quase despidas de alma, que eu tive a experiência mais inebriante de minha existência. Bêbada de emoções, de euforia, de alucinações tão reais quanto a própria vida, era esse meu novo mundo. Esse lugar é meu Éden sem pecado, sem maldição ou consequências ruins. Dele, só trouxe o maravilhoso, o sagrado. O sagrado amor pela Arte. Cada vez que minha mente vaga de volta ao Paraíso Perdido, sinto-me sedenta de Arte, de entrega verdadeira, de emoções á flor da pele; de corpos e almas que vibram na mesma energia, de mãos suadas que se agarram umas ás outras buscando reconhecimento e inspiração. A cada retorno a este Paraíso, a vida torna-se muita mais lógica e contundente, poque ele faz do abstrato o que há de mais paupável para se sentir; É neste Paraíso que tenho a verdadeira dimensão do princípio, do presente, e do que está por vir.
Salve, Paraíso Perdido, lugar sagrado!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Mantra



A vida está situada em um só lugar. Não há opção neste momento, por mais que se procure. O mantra foi repetido tantas vezes, que ganhou vida inesperavelmente. E que vida, vida que arrebata, que confunde, que entusiasma. Se a vida está aqui situada, todo o entendimento também deve estar. Ele deve ser obrigado a vir junto, senão nada fará sentido. De que adianta tanta luz se ela não consegue direcionar-se pro lugar escuro? Nada. Ela tem de ir pro breu, é ali que seu brilho fará algum sentido, onde testará sua real intensidade. Afinal, iluminar o que já é claro é tarefa simplória demais. Eis então que ela faz-se notar, pouco a pouco. Seu calor invade cada poro do corpo e afirma seu lugar ali, dentro da alma, debaixo da pele, informando que vai se manter ali, ali agora é sua morada fixa, e sua primeira fuga também é iminente... sua explosão enfim acontecerá, e a fará habitar cada espaço opaco do lugar, do lugar em que a vida está.
Não irá embora, não mais !

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Derrame de percepção PARTE 1

Vale MUITO à pena assistir esses vídeos. Foi uma das descrições mais fantásticas que já tomei conhecimento na vida.

Derrame de percepção PARTE 2

Eco

Relativize. Engraçado como uma palavra surge de repente em nossa mente, em um momento completamente inesperado em que não parecia haver nada sendo processado dentro dela. No meio do banho veio e permanece como um eco em minha cabeça, 'Relativize'. Alertou contra as prisões de entendimento, contra o sentimento claustrofóbico de retidão, de unidimensão. O que é agora, já não é amanhã. O que assimila-se neste momento, se desfaz com rapidez. Pouca coisa permanece. A ordem natural não é essa, a mutabilidade sim, essa rege cada pedaço de nossas vidas. Por isso, relativize, dê de presente a si mesmo essa amplitude que tem a vida. Pelo menos de vez em quando...