domingo, 25 de abril de 2010

Smile



Light up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear may be ever so near
That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying?
You'll find that life is still worthwhile
If you'll just...
Smile

terça-feira, 20 de abril de 2010

São tantos ciclos, tantos, que a cabeça fica até tonta de tanto girar através deles. Fases e mais fases. Quando corpo e alma começam a se habituar com o que lhes é imposto, TCHANRAM!, próxima fase. Não dá nem tempo de gravar as melhores partes da última fase na memória. A alma parece gritar por fixação. 'Por favor, deixe algo gravado em mim. Eu preciso ter lembranças aonde me apoiar, e lembranças positivas, nenhuma mágoa incluída no pacote.' É tão confuso. Desejar tanto estabilidade e por outro lado não conseguir se manter bem e satisfeito durante muito tempo. Não dá pra saber se é pura insatisfação própria ou se os outros realmente nunca alcançarão o que sentimos, o que prezamos, o que necessitamos. Parece-se estar profundamente distante do que os outros desejam, assim como os outros parecem ser completamente alheios aos nossos desejos. Entender o que falam é difícil e eles parecem também não captar o que é transmitido. Que erro de comunicação estranho. Erro esse que dificulta tanto as coisas. E que talvez seja o principal motivo dessa instabilidade louca e desregrada de ações, palavras, sentimentos, objetivos. De ambas as partes. Defeito proveniente de fábrica e agravado porque o produto foi distribuído em massa, sem que houvesse a preocupação com as consequências de tal ato. Se ainda estivermos na garantia, agradeceríamos profundamente se um aviso fosse espalhado. E se a reparação dos danos já ocorridos também ainda fosse possível, até tentaríamos entrar em acordo pra pagar a quantia pedida pela realização do conserto. É caso de vida ou morte.

domingo, 11 de abril de 2010

Depois de bastante tempo,
eu chorei porque senti medo e fraqueza
nenhuma raiva se misturou...
Foi um choro que eu chorava muito a uns anos atrás
mas que eu nunca mais havia chorado
Foi bom saber que isso ainda existe em mim.
Estava comendo, fechei a porta da cozinha e fiquei lá;
sentada, comendo, sozinha, ouvindo música.
E chorando...
E o pensamento que me veio à mente foi:
'Não é possível, é, Deus? Que isso aqui tudo seja pra nada...
que todo esse sentimento dentro de mim seja uma ilusão,
um falso entendimento do que o futuro me reserva.
Que tudo esteja sendo traçado pra dar em nada.
Ou em tudo...
Tudo o que eu jamais poderia imaginar ou desejar.'
Não quis e não pretendi achar uma resposta pra isso.
Minutos depois, vi que não precisaria mesmo;
Renato Russo poderia explicar todo o meu Universo de hoje, perfeitamente:
"Dorme agora, é só o vento lá fora. Quero colo, vou fugir de casa, posso dormir aqui com vocês? Estou com medo, tive um pesadelo..."
Minha aflição reside no momento do Despertar.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Três pontinhos

Eu sempre estive sozinha. Não existem parênteses em minha vida afetiva, exceções às quais eu possa me apegar quando sentir o vazio chegar. Não existem memórias realmente válidas, de sentimentos verdadeiros e duradouros ou de momentos em que eu realmente eu não estive Sozinha. A solidão me acompanha, parece ser a protagonista da minha história. Agora ela já é da família, tenho tanta intimidade com ela quanto tenho com meu familiar mais próximo, talvez até mais... porque quando eu não quero falar nada, ela me preenche, me acompanha, dá algum sentido ao momento vazio, mesmo que seja um sentido totalmente solitário da vida.
Acho que já perdi até mesmo a habilidade de falar da solidão, já não acho mais as palavras, todas que saem da minha boca nas vãs tentativas que faço de me explicar, parecem batidas, repetidas, clichês que me incomodam mais do que guardar tudo dentro de mim. Deve ser isso que se sente quando já não se sabe o que quer; de tanto o ‘querer intensamente’ insistir em querer, querer e querer, ele hoje se sente profundamente confuso e não sabe mais o que querer, nem sabe se ainda quer querer alguma coisa.
Talvez a solidão seja um vazio válido. Talvez nem seja um vazio, talvez seja apenas mais uma convenção, uma idéia pré-concebida. Talvez nunca se esteja de fato sozinho, talvez seja tudo questão de consciência, de sentimento. Talvez a solidão seja, na verdade, o que há de mais sólido e seguro nessa vida. Ou não. Tudo o que sei é que foi tudo o que eu já experimentei nessa vida. Portanto, independente das camuflagens de palavras e do teor da conversa, é só do que sei falar.